CARROS ELÉTRICOS: O futuro dos postos de combustíveis
- Todai Advogados

- 9 de fev. de 2022
- 4 min de leitura
Atualizado: 24 de mai. de 2022
Fonte – Web Postos

Não é de hoje que o assunto carros elétricos têm ganhado espaço em nosso meio. Aqui no Brasil, eles estão ganhando terreno e em 2021 começaram a ser uma febre pelo país. Só para se ter uma ideia, de acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o número de modelos elétricos vendidos no país cresceu 255% de 2020 para 2021. Este é um resultado muito acima do mercado de veículos tradicional como um todo, que teve alta de 3% no mesmo ano.
Diante desses números, é fácil dizer que os famosos carros verdes têm se destacado no mercado brasileiro. Mas aí vem a seguinte pergunta: o seu posto já está se preparando para esta nova modalidade de “combustível”?
Continue a leitura e entenda mais sobre essa forte tendência de mercado e como adaptar o seu negócio para o futuro.
Os carros elétricos e o mercado
A preocupação com o meio ambiente é um assunto que vem ganhado espaço no mundo. Os combustíveis fósseis, como por exemplo o petróleo, tem sua grande parcela de culpa no efeito estufa. Buscar alternativas para diminuir as emissões de gases por meio das queimas desses fósseis virou uma realidade.
De acordo com uma pesquisa feita pelo Ipsos em 2019, a “The Future of Mobility”, 49% dos brasileiros entrevistados afirmaram que o principal atrativo dos carros elétricos era a menor emissão de gases poluentes.
Em várias partes do mundo esta nova modalidade de veículo tem se popularizado. Uma pesquisa sueca sobre venda de carros em 80 mercados diferentes, constatou que foram 3.2 milhões de unidades vendidas somente em 2020 em todo mundo. Um aumento de 43% se compararmos o mesmo período no ano anterior.
A frota desse modelo de veículo no país ainda é pequena. Cerca de 60 mil carros elétricos circulam pelo nosso território. Isso equivale a 1% da nossa frota total – segundo a ABVE. Apesar disso, este é um modelo que tem ganhado espaço e postos pelo país já estão se adaptando. Entre 2019 e 2020 as vendas desse tipo de veículo no país cresceram 66,5% e em 2021 os números chegaram ter um aumento de 255% – recorde de vendas de modelos híbridos no Brasil. Foram quase 35 mil unidades de carros eletrificados vendidos só no ano passado.
Apesar disto, não são muitos os lugares que disponibilizam recarga desse tipo pelo país. De acordo com a ABVE, hoje temos cerca de 754 pontos de recargas em rodovias, shoppings e postos de combustíveis em nosso território.
Para otimizar essa questão, a EDP Brasil – empresa de distribuição de energia que atua em onze estados – promete triplicar os pontos de carregamento no Brasil até 2022. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o investimento ultrapassa os 50 milhões de reais. Como resultado, a intenção é interligar a capital paulista ao interior e a outras capitais, formando um corredor com mais de 2.500 quilômetros de extensão.
Vantagens e desvantagens do modelo
Como tudo nessa vida, os carros elétricos possuem vantagens e desvantagens. Portanto listamos os principais pontos que os consumidores precisam ficar atentos caso estejam pensando em adquirir esse tipo de veículo. Confira abaixo duas vantagens e duas desvantagens do modelo de transporte.
Principais vantagens:
Não são poluentes
Somente na maior metrópole brasileira, os carros são responsáveis por quase 73% da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera – tudo isso transportando apenas 30% da população de São Paulo.
Em contrapartida, os carros elétricos não possuem motores a combustão, ou seja, não andam por aí soltando fumaça como veículos normais.
Manutenção barata
Me responde essas perguntas: tem medo de superaquecimento do motor? Além disso preocupações com troca de óleo, água e com a correia te tiram o sono? Com os elétricos isso não é problema!
E quando o assunto é abastecimento, o resultado é ainda melhor. Afinal, o custo por quilometro rodado é três vezes mais em conta que aqueles veículos que utilizam combustíveis fósseis.
Principais desvantagens:
Valor alto dos modelos
Atualmente, enquanto um veículo a combustão paga 7% de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o valor chega até a 18% nos veículos elétricos no país. Com a carga tributária alta, o valor deste tipo de transporte é pesado.
Em 2021, o modelo mais barato encontrado no mercado brasileiro pode custar R$130 mil, podendo chegar à bagatela de R$452 mil.
Nível de autonomia baixo
Hoje a maior malha de postos de recarga de carros elétricos do país está concentrada em São Paulo e corresponde a 50% dos eletropostos. Então se você não mora perto de grandes centros, adquirir o utilitário pode não ser uma boa ideia.
Atualmente, este tipo de veículo promete rodar cerca de 400km em condições ideais por bateria. Em suma, situação que pode ficar complicada em viagens longas.
Primeiros passos para a adequação
Para começar é preciso analisar os três seguintes pontos:
Existe demanda na minha região?
Eu conto com espaço para fazer a adequação?
Eu possuo espaço ou tenho condições de criar uma estrutura aconchegante, como uma conveniência, para entreter esse cliente durante a recarga?
Se a resposta for positiva, você já tem um bom caminho andado para tornar o seu posto referência em carregamento elétrico!
Portanto, fique de olho na sua região e procure se informar sobre a adequação do seu posto a recarga de veículos elétricos com os órgãos responsáveis, como a ANP. Busque informações de que tipo de potência de Ponto de Recarga é necessária para o negócio e se o seu posto aguenta ou precisa de ajustes na parte elétrica para colocar o projeto em funcionamento.
Na sequência, contrate uma empresa de engenharia elétrica para avaliar as suas instalações. Isso porque estações de recarga necessitam de quadros próprios de distribuição de energia, disjuntores, dispositivos de segurança e transformadores.
Por fim, adquira um carregador de veículo elétrico que atenda os padrões estabelecidos pela ABNT. Fique atento na hora da compra! O equipamento de recarga deve ser compatível com os plugues dos veículos elétricos mais utilizados no Brasil.
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